ERP e omnicanalidade: a combinação ideal para retailers na América Latina

9.9.2025

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Ecommerce

Há uma pergunta-chave que todo retailer da América Latina deveria se fazer antes do próximo pico de vendas: minha operação é verdadeiramente omnicanal ou só tenho vários canais funcionando em paralelo?

A diferença está na integração de sistemas. Quando o ERP fica isolado do ecommerce, do POS, do WMS e do CRM, a experiência prometida ao cliente se fragmenta: o inventário oscila entre canais, as promoções se contradizem e aumentam os cancelamentos por falta de estoque.

A evidência respalda a aposta omnicanal: segundo a Harvard Business Review, seu estudo com mais de 46.000 compradores demonstrou que os clientes omnicanal gastam mais e são mais fiéis que os monocanal. E você, vai deixar passar outra oportunidade?

Dos “remendos” à arquitetura: por que o ERP é o coração da omnicanalidade

Na teoria, omnicanalidade significa que o cliente escolhe como comprar e receber. Na prática, isso só é rentável se você unificar inventário, preços, pedidos e clientes em tempo real.

Quando o ERP não conversa com o restante, os outros sistemas tentam compensar com planilhas, plugins e tarefas manuais; o resultado comum: excesso de vendas, cancelamentos e custos operacionais altos.

A saída não é “mais um conector” isolado, mas orquestrar com uma camada de integração que normalize dados, aplique regras de negócio, gerencie retentativas e ofereça observabilidade do fluxo.

LATAM hoje com rigor setorial: grocery vs. retail geral

É importante separar descobertas setoriais de afirmações sobre o varejo em geral:

  • Grocery (alimentos) na América Latina: a McKinsey reporta quatro tendências claras — busca por valor, transformação do mix de canais, ascensão das marcas próprias e reaceleração do ecommerce — referidas especificamente a grocery.
  • Retail geral (visão ampla): relatórios recentes da Salesforce mostram o papel crescente da loja como hub de fulfillment (BOPIS e devoluções em loja) e o avanço do unified commerce nas prioridades executivas. Por exemplo, o Connected Shoppers Report (6.ª edição) destaca que os compradores utilizam a loja para retirar e devolver, e que a unificação tecnológica é prioridade para impactar objetivos.

Além disso, a comparação “em trânsito” (pesquisa no celular enquanto compram ou decidem) e a expectativa de resposta imediata estão documentadas pelo Think with Google: cresceram com força as buscas móveis relacionadas a “best” e, quando as pessoas precisam do produto imediatamente, quase 8 em cada 10 vão à loja e usam o celular no processo.

Na loja, os shoppers esperam visibilidade de inventário em tempo real: estudos da NewStore apontam que 69% dos consumidores esperam que o vendedor possa consultar inventário sem sair do seu lado (e a mobilidade do vendedor com mPOS continua em alta).

Conclusão prática: no grocery, as tendências justificam acelerar ecommerce e orquestração; no retail geral, a evidência de BOPIS/devoluções em loja e mobilidade em sala reforça a prioridade de integrar ERP–OMS–POS para prometer e cumprir.

A conversa de dados: do ERP para fora (e de fora para o ERP)

Pense sua arquitetura como uma conversa contínua de dados:

  • Do ERP para o front: catálogo, listas de preços, estoque por localização com marca de tempo, impostos e políticas de reservas/backorder.
  • Do front para ERP/OMS: pedidos validados (pagamentos/impostos), eventos de fulfillment (picking/packing), devoluções com motivo e reintegrações contábeis.
  • Lado a lado: CRM/Marketing Automation com identidades consolidadas e audiências rastreáveis (sem CSV manuais).

Essa conversa se apoia em padrões e pacotes de integração muito bem documentados. No relatório “SAP Omnichannel Point-of-Sale by GK, integration with SAP Customer Activity Repository, SAP S/4HANA and SAP S/4HANA Cloud”, por exemplo, a SAP descreve fluxos entre GK POS e SAP CAR/S/4HANA (POSLog→CAR e IDocs para cadastros, pedidos, estoque etc.).

No Oracle NetSuite, Store Pickup (BOPIS) e Ship-from-Store estão suportados de forma nativa em SuiteCommerce/SCIS, com etapas de configuração oficiais.

BOPIS e Ship-from-Store: prometer bem, cumprir melhor

BOPIS (retirada em loja) e SFS (envio a partir da loja) parecem simples no front, mas exigem duas decisões de backend:

  • Promessa: não basta “tem estoque”. Importa se esse estoque está reservado para ecommerce, se a loja tem capacidade operacional, se o horário de retirada encaixa com o SLA e se existe um substituto aceitável.
  • Orquestração: qual loja prepara? Como impacta na margem (CD vs. loja)? E que regras regem a reatribuição se a loja falhar?

Quando o OMS/ERP está bem conectado — e a camada de integração aplica regras claras — você pode responder em tempo quase real e reduzir rupturas.

A aposta está respaldada: o estudo Bain & Aptos mostra que 100% dos retailers veem impacto do comércio unificado nas vendas (e 76% o classificam como “grande ou significativo”), enquanto 99% percebem impacto na rentabilidade (e 73% o classificam como “grande ou significativo”).

Um caso de sucesso que ensina: Telhanorte e a loja como hub

Em 2022, a empresa Telhanorte transformou suas lojas em nós logísticos e de atendimento, integrando o WhatsApp no processo comercial. Segundo a VTEX, a marca atende cerca de 40.000 clientes por mês via WhatsApp e mais de 50% dos vendedores utilizam a ferramenta.

A lição: se o ERP não consolida inventário, se o OMS não atribui com critério e se a camada de integração não normaliza eventos (pedido, ready-to-pick, picked, in-transit, delivered), o canal conversacional se torna um atalho caro. Omnicanalidade não é um canal novo: é disciplina operacional.

UX sem fricção: velocidade, checkout e consistência

Seu frontend pode ser VTEX, Adobe Commerce ou WooCommerce; a fórmula não muda: páginas rápidas, checkout curto e métodos de pagamento que eliminem fricção no celular. Mas nada disso salva um backend inconsistente. Se a PDP promete “retirada hoje” e o ERP não reserva, a experiência se quebra.

No checkout, a evidência empírica é sólida: o Baymard Institute estima que o site médio pode melhorar até 35% sua conversão com melhorias de UX no checkout.

Ao mesmo tempo, a mobilidade do comprador e seu uso do smartphone para comparar ou verificar disponibilidade estão bem documentados pelo Google (micro-momentos e comportamento in-store).

Para aprofundar mais as ideias por plataforma, você pode ler em nosso blog:

Segurança e governança: a confiança também se integra

Nos picos de demanda o risco sobe. Mínimos atuais: criptografia HTTPS, MFA, cofres de segredos, princípio do menor privilégio e auditoria.

Importante nuance de SEO: como explicam os especialistas do Google, o motor usa HTTPS como sinal de ranking leve (menor que a qualidade do conteúdo); é desejável por segurança e confiança, mas não garante melhorias significativas de posicionamento por si só.

A conversão se apoia sobretudo na UX de checkout, enquanto a segurança traz confiança e continuidade operacional.

Métricas que realmente movem a agulha

  • Exatidão de inventário (ERP vs. físico) e visibilidade SKU×loja.
  • Promessa cumprida (OTIF) e fill rate por modalidade de entrega.
  • Cancelamentos por estoque e no-show em BOPIS (com política de vencimento).
  • Margem por rota (CD vs. Ship-from-Store).
  • NPS pós-fulfillment por modalidade.

Essas métricas requerem eventos normalizados entre ecommerce/OMS/ERP/WMS/logística e dashboards de observabilidade (filas, latências p95, taxa de erros).

Por onde começar? Um plano realista

  • Semanas 1–2: diagnóstico do stack; definição de objetos mestres (SKU, listas de preço, lojas) e KPIs/SLAs.
  • Semanas 3–6: conectar ERP↔ecommerce/OMS (catálogo, preços, estoque, pedidos); ativar reservas por canal; preparar regras de atribuição por loja.
  • Semanas 7–9: BOPIS/SFS com janelas de retirada, capacidade operacional e notificações; devoluções BORIS com reintegrações contábeis homogêneas.
  • Semanas 10–12: piloto em lojas selecionadas, testes E2E, hardening e implantação em ondas.

Quando a dúvida é “SAP ou NetSuite”, a resposta é “bem integrados”

Não existe “bala de prata”; existem princípios e documentação.

  • A SAP publica fluxos e pacotes de integração para GK POS ↔ SAP CAR/S/4HANA (POSLog, IDocs), úteis para visibilidade transacional quase em tempo real.
  • O Oracle NetSuite documenta BOPIS e Ship-from-Store em SuiteCommerce/SCIS com guias passo a passo.

Se sua operação parece “pesada”, não é o cliente: é a integração. Conectar ERP + ecommerce + POS + WMS + CRM com um iPaaS como a Weavee cria a base para cumprir promessas, melhorar margens e construir crescimento sustentável. E sim, também impulsiona a conversão ao reduzir fricções em cada etapa da jornada.

Você pode explorar aqui as soluções que a Weavee tem para oferecer e ajudar seu negócio a crescer:

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